Mísseis Russos na Polónia? O que aconteceu? Artigo 5.º? | HPM #1

 

Iniciamos o nosso novo espaço “História pelo Mundo” com uma notícia preocupante. Uma notícia que nos chega da Polónia. 


Segundo a rádio polaca ZET, dois mísseis extraviados atingiram uma aldeia próxima à fronteira com a Ucrânia: Przewodow, na Polónia, matando duas pessoas. A Associated Press citou, sob anonimato, um responsável norte-americano que afirmou que as explosões no território polaco foram causadas por mísseis russos, mas não houve nenhuma confirmação oficial.

O primeiro-ministro polaco convocou uma reunião de emergência, do comité nacional de segurança e defesa.

Relembro que a Polónia é um estado-membro da NATO.


O artigo 5.º da NATO

Conforme o 5.º artigo da NATO, se algum país membro for atacado, todos os outros terão que responder militarmente “sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a ação que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte.”
As Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e, consequentemente, concordam em que, se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou colectiva, reconhecido pelo artigo 51.° da Carta das Nações Unidas, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a acção que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte.
Qualquer ataque armado desta natureza e todas as providências tomadas em consequência desse ataque serão imediatamente comunicados ao Conselho de Segurança. Essas providências terminarão logo que o Conselho de Segurança tiver tomado as medidas necessárias para restaurar e manter a paz e a segurança internacionais.

O que pode ter acontecido?

O jornalista da Radio ZET que avançou com a notícia original, diz que a explosão terá sido provocada pela interceção de um míssil russo por parte do exército ucraniano.

Pentágono está a investigar

O porta-voz do Pentágono, o general Pat Ryder, disse durante uma conferência de imprensa esta terça-feira que ainda não há provas suficientes sobre o que se terá passada na Polónia, afirmando que ainda averiguam a situação.

Estónia e Lituânia estão prontas para qualquer circunstância

No twitter o presidente da Lituância afirma que o país está preparado para defender o território da NATO: “Estamos a manter um contacto próximo com os nossos amigos polacos”, garantiu, acrescentando ainda que “cada centímetro de território da NATO deve ser defendido”.

 “A Estónia está pronta para defender cada centímetro do território da NATO. Estamos totalmente solidários com o nosso aliado próximo, a Polónia.”

 

Rússia nega ter atacado Polónia e fala em notícias de “provocação”

O ministério da Defesa russo reagiu às notícias num comunicado negando que mísseis russos tenham atingido a Polónia.

“As declarações dos media e responsáveis polacos sobre a alegada queda de mísseis ‘russos’ na área de Przedwowow são uma provocação deliberada com o objetivo de conseguir uma escalada”, diz o ministério, citado pela TASS.

“Não foram feitos ataques contra alvos na fronteira entre a Ucrânia e a Polónia por meios de destruição russos”, garantiu Moscovo.

António Costa aguarda confirmação

O primeiro-ministro António Costa está a “aguardar pela confirmação da origem dos mísseis”, mas diz que “há algo sobre o qual não é preciso esperar: qualquer arma de guerra é letal, qualquer arma de guerra não deve ser utilizada”. 

“Esta é a hora de construir a paz”, disse ainda Costa citando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O primeiro-ministro considera que “a Rússia não pode ganhar a guerra”, mas que devem ser “evitados novos incidentes”. 

Numa declaração à margem de uma visita a Serralves, Costa disse ainda sobre a queda de um míssil na Polónia que “a preocupação não é menos quando os mísseis caem na Ucrânia, o que temos de fazer é um esforço tão rápido quando possível para que a guerra finde”. 

 

 Ministro da Defesa da Letónia diz que Artigo 4º da NATO pode estar em causa

O ministro da Defesa da Letónia anunciou no Twitter que o Artigo 4º da NATO pode estar em causa: “A minha primeira reação seria a de que, após os russos atingirem o território polaco, o Artigo 4º está em causa, assim como a defesa do espaço aéreo ucraniano”, escreveu Artis Pabriks.

O Artigo 4º da NATO é o passo anterior ao Artigo 5º, que prevê uma resposta, possivelmente armada, dos países-membro. Diz que “as partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das partes”.

Aguardamos mais notícias e atualizaremos o “História pelo Mundo” com mais relatos.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Prev
Creche gratuita chegou a 43 mil crianças em outubro

Creche gratuita chegou a 43 mil crianças em outubro

Creche gratuita chegou a 43 mil crianças em Outubro | Educação | PÚBLICO

Next
Progressão na Carreira – Listas Definitivas 2022 de Vagas para Acesso aos 5.º e 7.º escalões

Progressão na Carreira – Listas Definitivas 2022 de Vagas para Acesso aos 5.º e 7.º escalões

Estão disponíveis para consulta as Listas Definitivas de 2022 de Graduação

You May Also Like
Total
0
Share