Segundo dia de greve dos professores

″Em luta por nós e pelos alunos.″ Greve de professores decretada pelo S.TO.P com adesão elevada (tsf.pt)

 A greve de professores que teve início esta sexta-feira por melhores condições de trabalho está a ter uma adesão elevada, disse fonte do Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P), que decretou esta paralisação, que durará por tempo indeterminado.

“Um pouco por todo o país, desde o Algarve a Caminha, passando por Aveiro, Coimbra, Lisboa, muitos professores que entravam só à tarde levantaram-se bem cedo para estar às 07h30 à frente da sua escola, a distribuir comunicados e a explicar aos pais porque é que estamos em luta. Estamos em luta por nós, mas também pelos nossos alunos, porque como todos entenderão, profissionais de educação desmotivados, exaustos e desprestigiados não é bom para as nossas crianças e jovens”, explica à TSF o presidente do S.T.O.P, André Pestana.

“Não tem havido uma negociação séria por parte do Ministério da Educação e, por isso, espero que o Ministério entenda que esta greve está a causar impacto fortíssimo. Esperamos que haja bom senso por parte do Ministério da Educação e que nos chame para negociar. Esta greve só será parada quando os professores sufragarem que se deve parar esta greve, seja porque o Governo cedeu ou porque os professores consideraram que são suficientes as cedências do Ministério”, acrescenta, sublinhando que “esta greve é 100% legal”.

“Algumas escolas poderão não ter aulas hoje devido à greve que é uma greve de e para professores independentemente dos sindicatos ou de serem sindicalizados ou não. A esta hora ainda não conseguimos contabilizar, mas posso adiantar que a adesão é grande e mostra o descontentamento da classe”, disse à agência Lusa o presidente do S.TO.P, André Pestana.

De acordo com o presidente do S.TO.P, esta greve é “um sinal contra as políticas de quem tem destruído a escola pública e as condições de quem trabalha”.

André Pestana adiantou que os professores defendem uma gestão e recrutamento de professores pela graduação do profissional e sem perfil ou mapas, sem conselhos de diretores a selecionarem o recrutamento.

“Reivindicamos igualmente um aumento do salário que compense a inflação. Os professores desde 2009 perderam mais de 20% do seu poder de compra. Queremos também a contagem de todo o tempo de serviço docente e o acesso ao 5.º e 7.º escalões sem quotas. Há mais reivindicações, mas estas conseguem compilar um sentir de toda a classe”, referiu.

André Pestana sublinhou que a greve é por tempo indeterminado e são os professores que vão determinar o seu fim.

“A luta vai continuar e temos já marcada uma grande manifestação para dia 17 de dezembro em Lisboa, com ponto de encontro marcado para as 15h00 no Marquês de Pombal”, indicou.

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