Novo Modelo de Acesso ao Ensino Superior – O que se sabe?

O Governo e parceiros do sector negoceiam o novo modelo de acesso ao superior, que começará a entrar em vigor no próximo ano letivo.

Alunos terão de realizar quatro exames nacionais para se candidatarem ao ensino superior

Os alunos terão de realizar quatro exames nacionais para se candidatarem ao ensino superior, sendo Português obrigatório e as três provas restantes definidas pelas instituições de ensino para onde pretendem ir.

“É uma disciplina absolutamente nuclear que acompanha os estudantes ao longo de todo o seu processo de formação no ensino básico e secundário e que, aliás, é regra na generalidade dos países que têm sistemas de exames”, explicou.

Este exame não será realizado pelos alunos que este ano estão no 12.º ano, mas ainda está em análise a hipótese de ser pedido no próximo ano letivo aos estudantes que agora estão no 11.º ano.



Obrigatoriedade dos Exames

Fim da obrigatoriedade dos exames para certificar a conclusão do ensino secundário, exigidos apenas a quem queira ingressar no superior.

Aumento do peso dos exames nacionais

Havia instituições onde os exames nacionais podiam ter um peso de cerca de 45% e a ideia é subir para um mínimo de 50% e um máximo de 60 para 65%, no sentido de reforçar um bocadinho aqui o peso dos exames, explicou.
O secretário de Estado defendeu que os exames têm um “papel regulador e introdutor de alguma comparabilidade, alguma justiça social”, uma vez que estão a concorrer alunos de todo o país e todo o tipo de escolas, onde as avaliações podem ser muito dispares.

Disciplinas do secundário poderão ter peso diferente no acesso ao superior

As disciplinas do ensino secundário poderão vir a ter um peso diferente na fórmula de cálculo da média do secundário para acesso ao ensino superior, revelou o secretário de estado do Ensino Superior.
O modelo de acesso ao ensino superior está a ser revisto e uma das medidas que está em cima da mesa é diferenciar o peso que cada disciplina do secundário tem no momento de fazer a média dos três anos de estudo, contou à Lusa o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira.
“Um dos aspetos que nós estamos a equacionar conjuntamente com o Ministério da Educação é a forma de cálculo da média do secundário. A média do secundário neste momento trata da mesma forma uma disciplina anual, uma disciplina bienal e uma disciplina trienal”, disse.
A ideia é a de “aumentar o peso das disciplinas” em que “os alunos trabalham ao longo de mais tempo, porque refletem mais o trabalho que fizeram” e por serem “mais representativas do seu percurso”, explicou.

Medidas aplicadas gradualmente

Estas novas medidas serão aplicadas gradualmente: “Não faz sentido que a um estudante que está este ano no 11.º ano seja-lhe pedido, quando está no 12.ºano, um exame do 11.º ano, se este ano eles não foram exigidos”.
Pedro Teixeira explicou que existem aspetos que “poderão ser introduzidos sem grande dificuldade já este ano ou em 2024 e outros em 2025”.
A ideia do Governo é que as várias medidas sejam introduzidas progressivamente, até porque “têm um impacto muito grande na vida de milhares de estudantes”.
Para já mantém-se a regra que entrou em vigor durante a pandemia e que veio definir que só eram exigidos exames nacionais aos alunos que pretendessem prosseguir os estudos para o ensino superior.
Outro dos aspetos que também foi discutido no processo de revisão do modelo de acesso ao ensino superior foi “o tipo de exames” que os alunos do secundário fazem.
A ideia é que os exames consigam avaliar os conhecimentos do que estudaram ao longo do secundário, mas também que tenha “uma componente de aplicação de conhecimentos”, que permita avaliar “a capacidade para resolver problemas, para aplicar conhecimentos a situações novas, um pouco à semelhança daquilo que existe, por exemplo, nos testes internacionais, como o PISA”, exemplificou Pedro Teixeira.
O secretário de Estado recordou que este é um caminho que já começou a ser feito pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), que “tem procurado aos poucos introduzir alguns elementos”, introduzindo “progressivamente algumas questões um pouco diferentes”.
Pedro Teixeira disse que estas mudanças, a acontecerem, serão sempre graduais: “Isto também tem que ser feito com algum cuidado, porque, se o modelo de exames mudar radicalmente de um ano para o outro, isso vai surpreender muito os estudantes e os professores que estiveram a preparar num determinado percurso”.
Pedro Teixeira assegurou que “obviamente não está em cima da mesa” a ideia de “alterar radicalmente o modelo de exames para este ano”.
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