No 7.º ano, filho de Filipa devia ter 12 professores mas tem apenas quatro – SIC Notícias (sicnoticias.pt)
O ano letivo começou e faltam professores. Na Escola Rainha Dona Amélia, em Lisboa, há uma turma do 7.º ano com oito docentes em falta, dois terços dos professores.
Matriculou o filho, este ano letivo pela primeira vez na Escola Rainha Dona Amélia, em Lisboa. A caminho da terceira semana de aulas, continuam a somar-se falhas no horário de uma turma do 7.º ano.
“Não tem sete professores colocados e também não tem Geografia porque o professor apresentou atestado. Tem oito professores em falta, em 12. Neste momento, tem quatro disciplinas apenas“, conta à SIC a encarregada de educação.
À quinta-feira o filho de Filipa Galvão deveria ter aulas entre as 08:00 e as 15:00, mas devido à falta de professores não tem uma única disciplina.
“É um começo de ano letivo um bocadinho atribulado para uma criança de 12 anos”, afirma.
Da parte da escola poucas informações são dadas. O diretor de turma é provisório e a escola é gerida por uma comissão administrativa provisória porque a direção anterior demitiu-se.
Falta de professores
O ministro da Educação diz que os casos em que faltam professores são de intervenção prioritária. Prefere olhar para o copo meio cheio e avançar que 98% dos alunos têm docentes a todas as disciplinas. Mas os 2% que restam representam milhares de alunos.
Por exemplo, no Agrupamento de Escolas de São Teotónio, em Odemira, há 18 turmas sem professor a uma ou mais disciplinas.
Em apenas três anos letivos, as escolas públicas perderam cerca de 10 mil docentes. As falhas sentem-se, sobretudo, nas disciplinas de português e matemática, definidas como prioridade no plano de recuperação das aprendizagens.
