Uma alegada fraude de 2,5 milhões de euros levou esta quarta-feira à demissão do Presidente do Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE), informa o Ministério da Educação em comunicado.
“O Ministério da Educação, Ciência e Inovação teve hoje conhecimento de que o Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE) foi alvo de fraude que envolve a transferência de verbas que ascendem a 2,5 milhões de euros, que está já a ser investigada pelas autoridades competentes”, pode ler-se.
Em causa estão três transferências bancárias realizadas este mês para o pagamento a uma empresa que presta serviços informáticos, tendo as verbas sido transferidas para um IBAN de uma outra entidade.
“Tendo-se apercebido que a empresa que tinha prestado os serviços não estava a receber os pagamentos, o IGeFE apresentou de imediato uma denúncia à Polícia Judiciária, que se encontra a investigar o caso”, refere o comunicado.
Perante o caso, o Presidente do Instituto de Gestão Financeira da Educação, João Manuel Passos, apresentou a demissão ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, que aceitou o pedido. De acordo com o comunicado do Ministério, foram ainda afastados outros “dirigentes com responsabilidades no processo”.
O ministro da Educação ordenou a abertura de um inquérito interno. Até à nomeação do novo Presidente, mantêm-se em funções o vice-presidente, Edgar Romão, e o vogal do IGeFE, Carlos Almeida de Oliveira.
João Manuel Passos, que hoje apresentou a demissão do Instituto de Gestão Financeira da Educação, é professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) a tempo parcial e conselheiro do Conselho Económico e Social.
